Ação Social

BRASIL EXPORTA RELÓGIOS DA VIOLÊNCIA

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Projeto em Nova York na Times Square

Às 14h55, 27.385 mulheres já haviam sofrido violência física ou verbal no Brasil nesta segunda-feira (27). Esse tipo de ação ocorre a cada 2 segundos no país. O Relógios da Violência,  criado pelo Instituto Maria da Penha, organização não-governamental que atua no combate à violência contra a mulher, também registra outros tipos de agressões contra a mulher, como assédio sexual ou moral, insultos e tentativas e feminicídio.

A partir de agora, o IMP abre a ferramenta internacionalmente, começando com dados dos Estados Unidos e Colômbia.
A plataforma foi lançada no Brasil no último mês de agosto com dados do Datafolha que foram relacionados às horas do dia, dando origem a 12 relógios que mostram em tempo real a quantidade de vítimas naquele exato momento. Compartilhados com a #TáNaHoraDeParar, os relógios chamaram a atenção de apresentadores, celebridades e políticos, ganhando repercussão nacional.

Além de ser considerada como uma ferramenta de prestação de serviço, a plataforma também passou a ser vista como um meio de informação capaz de estimular a denúncia de ocorrências.

O problema que não é exclusividade do Brasil, acontece com uma frequência e variação muito maior do que se imagina. De acordo com o NOW (National Organization for Women e U.S. Department of Justice Office of Justice Programs), nos Estados Unidos uma mulher é assassinada pelo parceiro a cada 5,4 horas, vítima de violência sexual a cada 2,3 minutos, e praticamente uma mulher por minuto é vítima de violência física.

Na Colômbia, a cada 10,6 minutos uma mulher é vítima de violência intrafamiliar, a cada 34,9 minutos uma mulher é vítima de violência sexual, e a cada 12 horas uma mulher é vítima de feminicídio, segundo números do Instituto Nacional de Medicina Legal y Ciencias Forenses.