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MUITO MAIS DO QUE UM TROFÉU

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Everton e seu "novo" pai: torcendo pelo Sport

Em menos de um ano, 16 menores abandonados acima de 7 anos de idade foram adotados no Recife. Eles fazem parte de um grupo de 43 selecionados pelo programa “Adote um Pequeno Torcedor”. Como característica comum, além da faixa etária normalmente recusada pelo público interessado no processo, eles são fanáticos pelo Sport Club do Recife. O time foi a base do projeto e campanha criada pela Ogilvy Brasil. A agência apelou para a afinidade de sentimentos entre fãs da equipe de futebol para estimular a adoção dessas crianças com idade muito superior à faixa prioritária de candidatos a pais. “Se até agora apenas uma criança tivesse sido adotada através do projeto, todo o trabalho já teria sido válido”, diz Fernando Musa, CEO da agência, diante de um resultado surpreendente do projeto lançado em agosto do ano passado. Com ele, a Ogilvy talvez ganhe prêmios em festivais mundiais de criatividade. Provavelmente aumente sua reputação no mercado. Mas, principalmente, diz Musa, atinja o ideal de muitos profissionais envolvidos, da agência, da produtora parceira, do clube, do ministério público de Pernambuco e das instituições que abrigam esses menores. “É claro que mostro cases dessa natureza para clientes e prospects porque refletem a criatividade da agência. Mas nossa satisfação, de verdade, é ajudar numa causa social nobre”, explica.

Musa: lucro é atingir ideais

Além do Sport Club do Recife, a Ogilvy tem em sua carteira e no portfólio de trabalho, marcas como GRAACC, IBCC, Unicef e Agente Cidadão. “Temos equipe criativa, atendimento, produção, específicos para esses clientes. Investimos nisso, por satisfação pessoal de colaborar com causas sociais e também pelo retorno institucional da agência, claro”, diz Musa. Esse é o terceiro projeto da Ogilvy para o time de Pernambuco. A parceria começou com Immortal Fans, campanha de doação de órgãos e continuou com Security Moms, que levou para o estádio mães de torcedores fanáticos como seguranças para coibir a violência da torcida. “Adote um Pequeno Torcedor”, está solucionando problemas de vida de menores que já ultrapassaram a idade ideal para adoção e entravam em processo de desilusão com a perspectiva. Videocase do projeto mostra menores como Willams (17 anos), Everton (10), Anderson (13), Isaac (8), Vitória Milena (14), Jéssica (9), Sabrina (8) e Vitória Mariana (8), como algumas das crianças que puderam retomar um sonho de ter um lar e uma família. “O futebol ainda não percebeu a força que tem como estimulador de ações sociais, seu poder de engajar torcedores e envolver a população de uma cidade. Provamos que apesar de pesquisa do Cadastro Nacional de Adoção registrar que quase 94% dos pais interessados em adotar buscam crianças menores de 7 anos, com criatividade, dedicação e união, é possível reverter esse quadro”, finaliza Musa.