Polêmica

JÚRI SALVA A LEO, ACUSADA DE PLÁGIO

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Mesma ideia, dois anos antes

Case mais premiado do Brasil no Fiap 2013, com GP de Promo, Sol de Plantino, prêmio máximo e único em Campanhas Integradas, Melhor trabalho em Bem Público na Copa Iberoamerica, além de Ouro em Inovação, Efetividade e Relações Públicas, “Meu Sangue é Rubro Negro”, da Leo Burnett Tailor Made para o Hemoba, hemocentro da Bahia, criado no ano passado, esteve seriamente ameaçado no Fiap na manhã desta quarta-feira (1º). Uma denúncia chegada da Espanha lembrava do case “El poder de la Roja”, criado pela agência Netthink Isobar, de Madri, para a Cruz Vermelha, em parceria com a Adidas. Criada em 2010 aproveitando o tema Copa do Mundo da África, da qual a seleção espanhola foi campeã, a ação também visou o aumento da doação de sangue no País. E igualmente utilizou a camisa de uma equipe de futebol, no caso da própria seleção, que apareceu branca na capital da Espanha em imenso painel na rua. Em tempo real pela Internet, o povo acompanhou a volta da cor vermelha no uniforme, pintada por trabalhadores em andaimes, à medida que a doação de sangue aumentava. A direção do Fiap convocou o presidente do júri de Campanhas Integradas, o espanhol Tony Segarra, para avaliar o caso. E embora favorável à manutenção dos prêmios para a Leo Burnett brasileira, ele consultou os jurados. Para Segarra, apesar de a ideia ser a mesma, o case do Hemoba foi muito mais completo e envolveu inclusive o próprio time de futebol, o Vitória da Bahia, que de rubro negro virou alvinegro e foi jogando partidas de verdade com camisas diferentes, com mais tons de vermelho, até retomar seu padrão original. Pesou bastante a opinião do jurado brasileiro, Luiz Sanches, da Almap BBDO, que também votou pela manutenção dos prêmios para a Leo mesmo tendo em vista que sua própria agência seria beneficiada com a cassação dos troféus, ficando com o Sol de Platino.