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LIÇÕES DE MARKETING NO FÓRUM DO GUARUJÁ

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Farahat, Laure, Luce e Andréa: Brasil, um mercado diferente

Palestras de importantes dirigentes de algumas das maiores empresas do Brasil foram o ponto alto do 3º Fórum de Marketing Empresarial que o grupo Doria realiza neste final de semana no Sofitel Jequitimar Hotel no Guarujá em parceria com a Editora Referência. O evento conta com mais de 350 participantes, com destaque para cerca de 200 empresários, entre presidentes e vices de anunciantes, veículos de comunicação, agências de comunicação e fornecedores. Tarek Farahat, presidente da Procter & Gamble do Brasil abriu a programação com uma lição de otimismo. Egípcio há pouco naturalizado brasileiro, ele não só escolheu o País para desempenhar seu papel na empresa como também mostrou que conhece o Brasil como poucos. “Se alguém me diz que está preocupado com o PIB que vai cair, eu respondo que a P&G não vende PIBs, mas sim produtos. Ou seja, se o consumidor lê uma notícia sobre a queda do Produto Interno Bruto ele vai deixar de tomar banho ou escovar os dentes por causa disse? Espero que não”, disse. Farahat chegou à P&G brasileira com a missão de fazer com que o consumidor do País tivesse mais confiança na marca. Para tanto, investiu em comunicação, inovação e executou na prática ações de acordo com um público diferenciado, que é um ser extremamente social e que aceita e acredita no testemunhal de celebridades. Por essa razão é que as recentes campanhas de sucesso da marca são estreladas por personalidades como Gisele Bündchen, Faustão, Luciano Huck e Rodrigo Faro. “Para nós, fabricar produtos de qualidade é a ordem. O valor é muito mais importante do que o preço”, finalizou. Laure Castelnau, diretora de Marketing do Ibope, por sua vez, afirmou que as pesquisas conseguem garantir o desempenho das marcas na medida em que aponta tendências num mundo em que o cenário muda constantemente. Segundo disse, o Brasil é um mercado cuja população vai parar de crescer em 2020. Também já tem muito mais mulheres do que homens e a população da terceira idade é um público a ser considerado com seriedade pelas marcas. Prevê que em 2015 o País terá 120 milhões de brasileiros internautas móveis e que metade deles já pertencem às classes C e D. Vasco Luce e Andréa Alvares, presidentes da Pepsico Beverages América do Sul e Brasil, respectivamente, detalharam ao público do Fórum de Marketing a estratégia vencedora “Pode ser?”, lançada há quase dois anos. Conforme Luce, a Pepsi acreditou numa campanha capaz de rir da própria condição de vice-líder do segmento e aproveitar sua presença em um milhão de pontos de venda pelo Brasil numa parceria com a Ambev. “Acreditamos que é possível mudar o jogo, por isso insistimos na aprovação do conceito”, explicou. Andréa esclareceu que a Pepsi refrigerantes fala com um público jovem que responde por um mercado de cerca de R$ 4 bilhões por ano. “O jovem é inquieto, gosta de experimentar coisas novas. Por isso é que inovamos sempre, desde o lançamento da Pepsi Twist, o primeiro refrigerante com limão do País. E também inovamos na comunicação com a estratégia do Pode ser? Instigamos à experimentação, mostramos que mães modernas optam pelo produto diferenciado e para coroar realizamos a promoção Pepsi em Dobro”, contou. Com aval de Hugo Bethlem, vp do Pão de Açúcar na plateia do fórum, Andréa lembrou que em um dia e meio a empresa vendeu o estoque preparado para ser consumido em um mês. “Crescemos 44% em lembrança da marca e 7,5% em volume de vendas, enquanto o mercado de refrigerantes como um todo caiu 0,4%”, registrou. Ela disse também que o crescimento ocorreu em todo o País, com destaque para o mercado paulista e para Minas Gerais, onde a Pepsi enfrentava sua maior resistência.